ABSTRACT
Objetivo - Determinar se a aplicação de uma faixa contínua de eletrogel nas derivações precordiais resulta em alterações no traçado eletrocardiográfico em relação ao traçado obtido com quantidade adequada de eletrogel, e se tal condição não determina morfologias uniformes de V1 a V6. Métodos - Foram comparadas a amplitude e a morfologia das ondas do eletrocardiograma nas derivações precordiais em traçados eletrocardiográficos, realizados com aplicação standard (controles) e excessiva de eletrogel (faixa contínua). Resultados - Em nunhum dos 106 pacientes estudados ocorreu uniformização de morfologias do QRS de V1 a V6. As alterações eletrocardiográficas identificadas nos traçados com faixa contínua de eletrogel, que paresentaram significância estatística, em relação aos controles foram: a inversão da onda P em V1; a inversão da onda T em V1, V2 e V3; o surgimento de ondas R' em V1 e V2; o desaparecimento de ondas S em V1; o surgimento de ondas S em V5 e V6; alterações na amplitude de quase todas as ondas, em todas as derivações. Conclusão - A aplicação de uma faixa contínua de eletrogel nas derivações precordiais pode determinar modificações significativas no traçado eletrocardiográfico obtido.